terça-feira, 19 de abril de 2011

Saudade



Saudade da minha vizinha
que me chamava de amigo.
Saudade de quando o mundo
rodava em torno do meu umbigo.
Saudade da minha vó
que me ensinou a jogar damas
buraco, paciência e dominó.
Saudade de andar de bicicleta
soltar pipa, sonhar ser atleta...
Saudade de jogar bola de gude
e disso tudo que um dia eu pude.

Mas o tempo passa e você cresce
E tudo isso padece
A tua vizinha te esquece
Não te sobra tempo pra nada
Aqui e ali, morando em casa alugada
Saindo só e chegando de madrugada

E a noite se torna tua companheira.
Mesmo sem beber, você pede a saideira,
não sem antes com eterna ânsia,
dar em cima daquela estrangeira.
Que te faz lembrar da vizinha,
e te recorda novamente a infância...

Sinto falta disso também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário