
Saudade da minha vizinha
que me chamava de amigo.
Saudade de quando o mundo
rodava em torno do meu umbigo.
Saudade da minha vó
que me ensinou a jogar damas
buraco, paciência e dominó.
Saudade de andar de bicicleta
soltar pipa, sonhar ser atleta...
Saudade de jogar bola de gude
e disso tudo que um dia eu pude.
Mas o tempo passa e você cresce
E tudo isso padece
A tua vizinha te esquece
Não te sobra tempo pra nada
Aqui e ali, morando em casa alugada
Saindo só e chegando de madrugada
E a noite se torna tua companheira.
Mesmo sem beber, você pede a saideira,
não sem antes com eterna ânsia,
dar em cima daquela estrangeira.
Que te faz lembrar da vizinha,
e te recorda novamente a infância...
Sinto falta disso também.
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